13 de outubro de 2016

OPINIÃO - MANSÃO CROFT - A história, as referências e os puzzles!


O QUE ESTÁ A ACONTECER?

‘Blood Ties’ é aquele conteúdo extra que você já sabe que vai gostar, mesmo se ele não fosse tão bom. E, para ser sincero, não esperava muito dele. Sim, estava animado por explorar a Mansão Croft e encontrar todos os Easter Eggs, mas nada me preparou para uma expansão com uma história tão boa.

A partir daqui vou comentar SPOILERS da DLC.


EASTER EGGS

Seria de se esperar que a Mansão tivesse mais referências a jogos antigos do que a própria Sibéria, mas os Easter Eggs superam todas as expectativas! Alguns são nostálgicos, outros engraçados, outros simplesmente fofos. Mas TODOS vão causar arrepios e um inevitável sorriso de satisfação no rosto. Há momentos em que os olhos suam.


Entre as referências temos a Rosa Dourada do Tomb Raider Chronicles, o Amuleto de Horus do Tomb Raider The Last Revelation, O Dragão de Jade do Tomb Raider II. Há um momento em que, ao interagir com um gramofone, toca a música ‘Venice Violins’, também do Tomb Raider II. Um dos brinquedos da Lara – que aparece tanto em fotografias como em cenário da Mansão – é um T-Rex, referência ao primeiro jogo da série.


Vários documentos abordam o assunto da morte da mãe que, aparentemente, foi depois de um acidente de avião nos Himalaias – tal como acontece no TR Legend e como acontece na biografia da Lara clássica. Outro ponto interessante é que Amélia, mãe da Lara, estava para casar com o Conde de Farrington, nome do conde que, na biografia clássica, estava para casar com a própria Lara. São muitas referências que aproximam Amélia da Lara antiga.

Winston, o mordomo, também faz parte da DLC! Há um documento onde ele se queixa ao pai da Lara porque ela o trancou na cabine de refrigeração. Tal como muitos de nós fizemos no segundo jogo da saga.


HISTÓRIA

Ao contrário de outras DLCs, como ‘Baba Yaga’, por exemplo, a história de ‘Blood Ties’ não é superficial nem foi escrita apenas para vender mais uma hora de jogo. Não! É uma história muito bem-vinda ao universo Tomb Raider e encaixa na perfeição com a trama de Rise. Ela vem esclarecer muito do passado da Lara e traz novas revelações também!

O que eu esperava: A Lara tem de conseguir abrir o cofre do pai para ter acesso ao testamento e provar que ela é a herdeira da Mansão.

O que aconteceu: A Lara tem de conseguir abrir o cofre do pai para ter acesso ao testamento e provar que ela é a herdeira da Mansão, SÓ QUE toda a história muda o foco para o que aconteceu com a mãe da Lara. Dentro desse cofre há uma gravação do pai a contar o que aconteceu à mãe. Há também pistas sobre onde a mãe está sepultada. Então a Lara consegue abrir uma passagem secreta e encontra o túmulo da mãe – sim, dentro da Mansão – e há lá uma carta de despedida da Amélia, que serve como prova de que a Lara tem direitos sobre a mansão.


Conseguiram fazer uma história que mais tarde ou mais cedo teria de ser contada ou esclarecida. Por outras palavras, não foi uma história inútil nem deslocada. Este é o tipo de expansões que os jogos precisam hoje. DlCs que realmente acrescentam algo ao jogo. Nota 10 nesse aspeto.
E sim, os olhos suaram quando ouvi a voz da Amélia a despedir-se da Lara.


PUZZLES

Duas palavras: Amei muito. Atrevo-me a dizer que são os mais difíceis do jogo todo – mas ainda assim acessíveis – e que estão muito mais próximos dos jogos clássicos. Envolvem símbolos, códigos, mapas. É uma verdadeira ‘caça ao tesouro’ dentro da própria casa.

Resumindo: Temos de descobrir o código do cofre de Richard. A certa altura encontramos uma nota do pai com 3 pistas: “O tesouro da expedição da Lara; A minha pintura favorita da Amélia; O dia do nosso casamento”.

A resolução pode parecer simples depois do enigma estar desvendado: O tesouro era uma coroa que foi usada num aniversário da Lara. Essa coroa tinha um símbolo, que correspondia a um número, segundo um outro documento com a legenda de vários símbolos que representavam números. O primeiro número do código estava descoberto: 5.

Quanto à pintura favorita de Richard, ficamos a saber, por um documento, que é uma pintura abstrata com quadrados vermelhos. Ao encontrar essa pintura no ateliê da Amélia, pode ver-se que são quatro quadrados vermelhos. Segundo número: 4.


O dia do casamento dos pais tinha tudo para ser a parte mais fácil, mas não. Envolve até matemática. Encontramos um presente de aniversário que foi dado no dia 13 de outubro. Ao ler atentamente um dos documentos ficamos a saber que casaram 4 dias antes do aniversário da Amélia. Ora 13 – 4 = 9. O último número.

Código: 549.

Quando achamos que acabou, aparece outro enigma. Uma folha que, dobrada, formava 3 dos símbolos que correspondiam a números. É só ver na legenda. O número era 142 (14/2 – Aniversário da Lara). Havia também um mapa que, num dos cantos, mostrava um jogo de xadrez. Só podia ser a adega, onde a Lara jogava xadrez com o Winston! Chegando lá encontramos outro painel com números. Ao marcar o código 142 abre-se uma passagem secreta para a cripta da família Croft. Mistério resolvido.



CONCLUSÃO:

Boa em todos os sentidos. Nostálgica, surpreendente, assustadora, divertida, desafiante e intrigante. Esta é a melhor Mansão Croft até hoje. E detalhe: Várias áreas estão fechadas e inacessíveis. A Mansão está bem velha, com muitos estragos. A Lara comenta até, a certa altura, sobre o salão principal: “Vai ser uma das primeiras coisas a reparar”. Teremos, no próximo jogo, uma Mansão restaurada e ainda maior? Só nos resta esperar! E lembrem-se, amiguinhos: JOGUEM ESTA DLC, VALE A PENA.

Miguel Marques

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